Teoria Musical
Modos Eclesiásticos: Medieval
1) Idade Média ou era Medieval É o período da história do ocidente situado entre a História Antiga e a História Moderna e, é compreendida entre os séculos V e XV. 2) Os Modos Eclesiásticos Foram adotados no século IX, no entanto, seu desenvolvimento foi um processo gradativo, atingindo maturidade somente no século XI. 3) O Sistema Modal Nada mais é do que uma forma de organizar e classificar as melodias do cantochão, o qual também gerou uma nova forma de composição. Inclui oito modos, diferenciados segundo a posição dos tons e semitons numa oitava diatónica (Escala diatônica - dois tetracordes) construída a partir da finalis, ou final; na prática esta era geralmente — embora nem sempre — a última nota da melodia. 4) A nota “Si” e sua variabilidade - (Si ou Si bemol) As Duas finalidades principais da variabilidade da nota “Si” são: a) Evitar o “Trítono (Fá – Si = 4A)”; b) Evitar a "quinta 'falsa' (Si – Fá = 5D)”. Observações:
a) O único acidente legitimamente usado na notação do cantochão é o Si Bemol; b) O trítono é evitado, por implicar dificuldade para a emissão vocal. 5) O Trítono e a Quinta "falsa" 6) A finalis, a confinalis e a extensão (âmbito) são três dos elementos mais importantes que contribuem para caracterizar um modo. Finalis (F): É a nota final do modo (a última nota da escala). É a nota que caracteriza o modo. Confinalis (C) ou Tenor (T): É a segunda nota mais importante do modo. É o som central em torno do qual se organiza (“gira”) a melodia (nota recitante, “dominante”) Exemplo: Observação:
São adotados os termos finalis e confinalis, uma vez que “tônica” e “dominante” transmitem a ideia de função harmônica, a qual não existia naquela época. 7) Extensão (âmbito) É a oitava característica do modo, na qual se desenvolve a melodia (nos modos autênticos, a extensão pode atingir duas notas abaixo da finalis ou uma nota acima da oitava da finalis).
Observação:
Cada modo tem um “Núcleo Modal - NM”, ou seja, um grupo de três ou quatro notas que formam sua estrutura, essas notas recebem, em geral, os acentos, os finais das melodias, os apoios rítmicos etc. 8) Os 8 Modos a) São identificados por números e agrupados aos pares; b) Possuem finalis e confinalis; c) Os plagais iniciam-se uma 4J abaixo dos respectivos autênticos. d) A confinalis do plagal encontra-se uma terça abaixo da confinalis do autêntico. 9) Grau Conjunto e Inciso melódico a) Grau Conjunto: no cantochão, o grau conjunto é a base do movimento melódico. b) Inciso melódico: é a menor unidade musical significante. O inciso é incompleto em si mesmo, e pode ser utilizado como ponto de partida para a construção de unidades mais extensas. Fazendo um paralelo com a linguagem verbal, o inciso seria equivalente à palavra. Considera-se tradicionalmente que a extensão de um inciso pode variar de três notas, no caso de um inciso curto, a oito ou nove notas, no caso de um inciso longo. Com base no modo 1, analise alguns incisos. 10) ANÁLISES ANÁLISE 1 - Flaviandekson (Composição com 7 frases)
Observações:
a) Utilizada em grande parte da melodia, a confinalis, também é o principal ponto de partida de retorno à finalis. b) Frequência recorrente de notas do núcleo modal. c) Técnica de variação: retrogradação - É a repetição de um segmento musical de trás para a frente. ANÁLISE 2 - Victimae Paschali ANÁLISE 3 - Veni Sancte Spiritus ANÁLISE 4 ANÁLISE 5 - Adoro Te Devote ANÁLISE 6 - Stabat Mater ANÁLISE 7 - Pange Lingua ANÁLISE 8 - Domine in Auxilium ANÁLISE 9 - Maravilhoso Amor - HCC 170 - Música: Coletânea americana 1835 |
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